sexta-feira, 15 de abril de 2011

Procuram-se evidências do Big Bang



(LiveScience / Hypescience) As evidências do Big Bang podem desaparecer daqui a um trilhão de anos, mas já tem gente fazendo alerta. Os sinais da explosão que deu origem ao universo há 13,7 bilhões de anos vão sumir, dizem alguns pesquisadores. Eles disseram também que a nossa galáxia, a Via Láctea, vai ter colidido com sua vizinha, Andromeda. Felizmente, estes cientistas identificaram algumas pistas para guardar para nossos descendentes refazerem a história do universo.

Atualmente, astrônomos conseguem ver galáxias distantes que se formaram apenas há milhões de anos depois que o universo começou a se expandir. Eles também podem estudar a radiação cósmica de fundo, uma luz difusa no cosmo que foi criada pelo Big Bang. Contudo, no futuro, estas evidências vão sumir. A luz provavelmente vai ter esmoecido e ter sido “esticada” a um ponto em que suas partículas de luz, chamadas fótons, terão comprimentos de onda mais longos que o universo visível.

E porque o universo está se expandindo, as galáxias mais antigas que estão em nosso ponto de visão, vão estar muito longe da Terra. O Sol e outras estrelas vão ter morrido e a nossa vizinhança cósmica estará mais vazia. Contudo, nem tudo está perdido para os futuros detetives cósmicos, porque alguns astrônomos poderão estudar o Bing Bang por meio das chamadas estrelas hipervelozes que forem expulsas das galáxias Via Láctea e Andromeda. Estas serão as fontes de luz mais distantes visíveis aos astrônomos do futuro.

“Nós costumávamos pensar que a observação do cosmos não seria possível daqui a um trilhão de anos”, disse o diretor do Institute for Theory and Computation, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, Avi Loeb. “Agora sabemos que não vai ser o caso, graças às estrelas hipervelozes”. Estas estrelas são criadas quando um par de estrelas binárias se aproxima do enorme buraco negro do centro da galáxia. A força gravitacional consegue romper a ligação das duas, sugando uma para dentro e expulsando a outra a uma velocidade de 1,6 milhões de quilômetros por hora.

Tendo escapado da galáxia, a estrela será acelerada pela expansão do universo. Medindo a velocidade da estrela, os astrônomos do futuro poderão deduzir a expansão, que pode levar até o Big Bang. Combinada às informações sobre a idade da galáxia formada da colisão da nossa com a Andrômeda, por meio de suas estrelas, nossos descendentes poderão calcular a idade do universo e outros parâmetros importantes.

“Com cálculos cuidadosos e análises inteligentes, os astrônomos poderão encontrar evidências sutis da história do universo daqui a um trilhão de anos”, disse Loeb.
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E mais:
Evidências do Big Bang sumirão daqui 1 trilhão de anos (Hypescience)

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