Um grupo de cinco investigadores da Universidade de Coimbra (UC) integra uma equipa mundial que “persegue” a descoberta da matéria negra, partículas invisíveis que acreditam constituir a maioria da massa do universo.
(Público - Portugal) José Matias, coordenador do grupo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, assumiu que a existência da matéria negra “ainda não está provada”, mas os cientistas acreditam que está “para breve” a sua identificação.
“Como teoria que é, tem de ser confirmada. A matéria negra existe, mas ainda ninguém a identificou”, sustentou José Matias, aludindo a diversos estudos cosmológicos que apontam no sentido de quatro quintos do universo, cerca de 83 por cento, serem constituídos por matéria negra.
Os cientistas nacionais integram o projecto XENON100, que trabalha para identificar partículas – denominadas WIMP, “principais candidatas” à composição da matéria negra - através de um aparelho de “alta sensibilidade de detecção” instalado em Itália, a 1300 metros de profundidade, no interior de uma montanha.
Depois de um primeiro relatório de 11 dias de trabalhos, em 2010, o projecto XENON 100 divulgou agora um segundo documento relativo a 100 dias de funcionamento contínuo do detector que, no entanto, ainda não permitiu identificar partículas de matéria negra.
José Matias realça, no entanto, o “nível de sensibilidade sem precedentes” atingido pela experiência científica, acreditando na detecção e identificação da matéria negra “a curto prazo”, disse.
“Será uma descoberta importantíssima. É unânime na comunidade científica que dará imediatamente um Prémio Nobel da Física”, declarou.
O projecto XENON 100 é liderado pela universidade norte americana de Columbia e integra outras 13 instituições de nove países, entre as quais a Universidade de Coimbra.
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