segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cientistas da Universidade de Coimbra integram equipa internacional que “persegue” descoberta da matéria negra

Um grupo de cinco investigadores da Universidade de Coimbra (UC) integra uma equipa mundial que “persegue” a descoberta da matéria negra, partículas invisíveis que acreditam constituir a maioria da massa do universo.

(Público - Portugal) José Matias, coordenador do grupo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, assumiu que a existência da matéria negra “ainda não está provada”, mas os cientistas acreditam que está “para breve” a sua identificação.

“Como teoria que é, tem de ser confirmada. A matéria negra existe, mas ainda ninguém a identificou”, sustentou José Matias, aludindo a diversos estudos cosmológicos que apontam no sentido de quatro quintos do universo, cerca de 83 por cento, serem constituídos por matéria negra.

Os cientistas nacionais integram o projecto XENON100, que trabalha para identificar partículas – denominadas WIMP, “principais candidatas” à composição da matéria negra - através de um aparelho de “alta sensibilidade de detecção” instalado em Itália, a 1300 metros de profundidade, no interior de uma montanha.

Depois de um primeiro relatório de 11 dias de trabalhos, em 2010, o projecto XENON 100 divulgou agora um segundo documento relativo a 100 dias de funcionamento contínuo do detector que, no entanto, ainda não permitiu identificar partículas de matéria negra.

José Matias realça, no entanto, o “nível de sensibilidade sem precedentes” atingido pela experiência científica, acreditando na detecção e identificação da matéria negra “a curto prazo”, disse.

“Será uma descoberta importantíssima. É unânime na comunidade científica que dará imediatamente um Prémio Nobel da Física”, declarou.

O projecto XENON 100 é liderado pela universidade norte americana de Columbia e integra outras 13 instituições de nove países, entre as quais a Universidade de Coimbra.
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