terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O início do universo teria sido um ambiente melhor para a vida evoluir?


(IO9 / Hypescience) O astrônomo da Universidade de Harvard (EUA), Avi Loeb, recentemente publicou um artigo sobre como a vida poderia ter florescido quando nosso universo de 13,8 bilhões de anos tinha apenas 15 milhões de anos. Naquela época, todo o universo era mais quente – o que significa que a água em seu estado líquido pode ter existido mesmo em planetas que estavam distantes de suas estrelas.

No resumo de seu artigo, Loeb explica sua hipótese brevemente: “Na faixa de redshift 100 <;(1+z) < 110, a radiação cósmica de fundo (CMB, do inglês “cosmic microwave background”) tinha uma temperatura de 273-300K (0-30 graus Celsius), permitindo que nos primeiros planetas rochosos (se existissem) tenha existido água líquida química na sua superfície e serem habitáveis, independentemente do quão distantes estivessem de uma estrela. Os primeiros halos de formação de estrelas começaram a desmoronar nestes redshifts, permitindo que a química da vida, possivelmente, começasse quando o universo tinha meros 15 milhões anos de idade”.

Embora muitas vezes pensemos no início do universo como inóspito, Loeb observa que, se planetas rochosos tivessem existido, teria sido um grande momento para viver neles. Não importa onde estivessem no universo, teriam sido banhados em calor constante, sem a necessidade de depender de uma estrela para obtenção de energia. E o calor também teria feito da água da superfície um líquido, o que ajudaria a vida como a conhecemos a se desenvolver.

Mas ainda há uma pequena questão – a densidade da matéria era “um milhão de vezes maior do que é hoje”, de acordo com Loeb. O cientista afirma que é difícil dizer se isso seria ou não um problema para o desenvolvimento da vida. Certamente teria feito a nossa visão dos céus muito diferente e mais brilhante.

A parte triste sobre contemplar a ideia de Loeb é que faz você se perguntar se o universo estava repleto de vida naquela época – e se nós somos apenas as tristes sobras que acabaram por evoluir na era pós-vida. Ou seja, todos os nossos amigos em potencial no universo poderiam ter vivido (e eventualmente morrido) há bilhões de anos.

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