segunda-feira, 4 de março de 2013

Resfriamento universal

Enquanto a Terra fica cada vez mais quente, o universo está cada vez mais frio



(Ciência Hoje das Crianças) Há tempos escutamos falar do aquecimento global e seus perigos. Se, por um lado, na Terra, as temperaturas estão cada vez mais altas, por outro, no espaço, acontece o contrário: ele está cada vez mais frio. Diz aí: resfriamento universal é uma novidade para você?

A conclusão é de uma equipe de astrônomos da Suécia, França, Alemanha e Austrália. Eles mediram a temperatura do universo há cerca de 7 bilhões de anos e verificaram que ele era mais quente do que hoje – coisa que já havia sido prevista por outros cientistas.

Você deve estar se perguntando como é possível medir a temperatura no passado. O primeiro passo foi observar uma galáxia a 7,2 bilhões de anos luz da Terra. Como a luz emitida no espaço demora a chegar até nós, ao olhar para regiões distantes, os astrônomos olham para o passado do universo.

Para calcular a temperatura, os cientistas observaram, com a ajuda de um radiotelescópio, os diferentes elementos químicos presentes na galáxia distante e viram como eles se comportavam. Cada molécula se comporta de uma maneira diferente em ambientes mais frios ou mais quentes, o que dá pistas sobre a temperatura local.

Assim, a temperatura do universo há 7 bilhões de anos foi estimada em 267 graus Celsius negativos. Hoje, ela já está três graus mais fria – 270 graus Celsius negativos!

Esta é a confirmação de uma teoria já bastante aceita pelos cientistas: a de que o universo vem esfriando desde o big bang. “Se a teoria estiver certa, a temperatura do universo deve cair conforme o universo expande, como um balão de gás: quanto mais a gente assopra, menor a temperatura dentro dele”, explica o astrofísico Carlos Alexandre Wuensche, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Além da temperatura, o estudo traz pistas interessantes sobre as características químicas do universo jovem. Ele mostra, por exemplo, que várias substâncias e elementos presentes hoje na Terra – como açúcares, hidrogênio e carbono – já estavam presentes há 7 bilhões de anos.

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