No momento, foram analisados apenas 100 agrupamentos de galáxias, dos 500 já detectados pelo Telescópio do Polo Sul. “Com todos os dados analisados, seremos capazes de entender bem a energia escura e determinar a massa dos neutrinos”, comenta o cientista da Universidade de Chicago, Bradford Benson.
A teoria mais aceita para a energia escura é que ela é uma força que age em todos os lugares e desde o início do universo. Ela poderia ser a manifestação da constante cosmológica de Einstein, que atribui energia ao espaço, mesmo quando é livre de matéria e radiação.
No fim da década de 90, astrônomos descobriram que a expansão do universo parece estar acelerando. Isso foi surpreendente porque a gravidade deveria estar desacelerando o processo, que começou após o Big Bang.
Einstein introduziu a constante cosmológica em sua teoria geral da relatividade para acomodar um universo estacionário, a ideia dominante em sua época. Mas sua constante se adapta bem em um universo acelerado.
Outras teorias colocam que a gravidade opera de maneira diferente nas escalas maiores do universo.
O número de agrupamentos de galáxias que se formaram durante a história do universo está relacionado à massa dos neutrinos e a influência da energia escura no crescimento das estruturas cósmicas.
“Os neutrinos estão entre as partículas mais abundantes no universo”, comenta Benson. “Cerca de um trilhão de neutrinos passam por nós a cada segundo, mesmo que você não note, já que eles raramente interagem com a matéria ‘comum’”. Por enquanto, a massa exata deles ainda permanece um mistério.
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