segunda-feira, 9 de abril de 2012

Que massa, neutrinos!


(NSF/Hypescience) Análises de dados dão nova força à explicação mais aceita para a energia escura, a misteriosa força responsável pela aceleração da expansão do universo. Os dados mostram que os neutrinos têm massa, ao contrário do que se pensava.

No momento, foram analisados apenas 100 agrupamentos de galáxias, dos 500 já detectados pelo Telescópio do Polo Sul. “Com todos os dados analisados, seremos capazes de entender bem a energia escura e determinar a massa dos neutrinos”, comenta o cientista da Universidade de Chicago, Bradford Benson.

A teoria mais aceita para a energia escura é que ela é uma força que age em todos os lugares e desde o início do universo. Ela poderia ser a manifestação da constante cosmológica de Einstein, que atribui energia ao espaço, mesmo quando é livre de matéria e radiação.

No fim da década de 90, astrônomos descobriram que a expansão do universo parece estar acelerando. Isso foi surpreendente porque a gravidade deveria estar desacelerando o processo, que começou após o Big Bang.

Einstein introduziu a constante cosmológica em sua teoria geral da relatividade para acomodar um universo estacionário, a ideia dominante em sua época. Mas sua constante se adapta bem em um universo acelerado.

Outras teorias colocam que a gravidade opera de maneira diferente nas escalas maiores do universo.

O número de agrupamentos de galáxias que se formaram durante a história do universo está relacionado à massa dos neutrinos e a influência da energia escura no crescimento das estruturas cósmicas.

“Os neutrinos estão entre as partículas mais abundantes no universo”, comenta Benson. “Cerca de um trilhão de neutrinos passam por nós a cada segundo, mesmo que você não note, já que eles raramente interagem com a matéria ‘comum’”. Por enquanto, a massa exata deles ainda permanece um mistério.

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