(Pesquisa Fapesp) Em 1929 o astrônomo americano Edwin Hubble demonstrou que o Universo está
se expandindo. Esse processo teria sido iniciado há 13,7 bilhões de anos pelo Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo, como é conhecido hoje. A gravidade é a única força conhecida que funciona a grandes distâncias e, como é uma força atrativa, esperava-se que ela atuasse para retardar a expansão observada por Hubble. Mas em 1998 dois grupos de pesquisadores mediram o brilho de estrelas supernovas e concluíram, de modo independente, que o Universo estava em expansão acelerada e não desacelerada, como se pensava. Ou seja, parecia existir uma espécie de antigravidade.
Mas o que causaria uma força assim, de repulsão gravitacional? “Como não se conseguiu saber o que provocaria essa força deu-se o nome de energia escura ao que quer que estivesse criando essa ‘antigravidade’, que agiria se contrapondo à gravidade usual gerada pelas galáxias”, explica Daniel Vanzella, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo. Essa energia poderia ser a que está contida no vácuo – hoje se sabe que o vácuo contém algum tipo de energia. “Quando se calcula a energia do vácuo, vê-se que ela tem algumas das propriedades necessárias para gerar a repulsão gravitacional.” Os pesquisadores que comprovaram a expansão acelerada do Universo – os americanos Saul Perlmutter, Brian Schimidt e Adam Riess – ganharam
o Nobel de Física em 2011. Pelos cálculos atuais, 70% da energia do Universo é constituída de energia escura, 25% de matéria escura(tipo de matéria que não emite nem reflete luz) e apenas 5% de matéria como conhecemos, composta de prótons, nêutrons e elétrons.
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