Só 5% do universo é conhecido atualmente.
Há potencial para descoberta no curto prazo.
(Reuters / G1) A matéria escura, que os cientistas acreditam que forme até 25% do universo, mas cuja existência nunca foi provada, poderá ser detectada pelo acelerador de partículas gigante da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern), disse nesta segunda-feira (8) o diretor-geral do centro de pesquisas.
Rolf-Dieter Heuer afirmou em uma entrevista coletiva que alguma evidência da matéria poderá surgir até mesmo no curto prazo a partir do acelerador de partículas destinado a recriar as condições do Big Bang, o nascimento do universo ocorrido há cerca de 13,7 bilhões de anos.
"Não sabemos o que é a matéria escura", disse Heuer, diretor do Cern, que fica na fronteira entre Suíça e França, nas proximidades de Genebra.
"Nosso Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) poderá ser a primeira máquina a nos dar um insight sobre o universo escuro", disse ele. "Estamos abrindo a porta para a Nova Física, para um período de descobertas."
Astrônomos e físicos afirmam que apenas 5% do universo é conhecido atualmente e que o remanescente invisível consiste de matéria escura e de energia escura, que formam cerca de 25% e 70%, respectivamente.
"Se formos capazes de detectar e compreender a matéria escura, nosso conhecimento vai se expandir para abarcar 30% do universo, um enorme passo adiante", afirmou Heuer.
O LHC, a maior experiência científica do mundo centralizada num túnel subterrâneo oval de 27 quilômetros, está atualmente em atividade para, até o final do mês, colidir partículas com a maior energia já alcançada.
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